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Sunday, April 17, 2011

A pirataria de DVDs e as grandes distribuidoras sao a mesma coisa, diz pesquisa.

Por Nate Anderson, no Ars Technica



No dia 15 de fevereiro, a indústria cinematográfica, os estúdios de cinema, as empresas que fazem video games e as que desenvolvem software corporativos apresentaram ao governo americano, com fazem todos os anos, um enorme relatório. O relatório é parte do processo americando Especial 311 e é uma ferramenta fundamental para elaborar uma lista de países a serem pressionados, pelos Estados Unidos, para adotar leis de propriedade intelectual. A versão deste ano argumenta que a pirataria é, hoje, em muitos países, um produto do crime organizado (PDF). E alega que os DVDs piratas valem mais que cocaína.

Essas alegações são reiteradas, todos os anos, mas um novo estudo, financiado pelo Canadá e pela Ford Foundation, e fundamentado por pesquisas de campo ao redor do mundo, mostra que elas não não verdadeiras. Na verdade, longe de gerar grandes lucros, a pirataria comercial está sob a mesma pressão sofrida pela distribuição legal de conteúdo: o compartilhamento livre por meio da internet. E sobre as drogas... bom, há um motivo pelo qual as gangs na série The Wire [sobre tráfico de drogas nas ruas de Baltimore] não vendiam cópias do Homem Aranha 3. Simplesmente não dá tanto lucro.

Associação
O mais recente relatório Especial 301 elaborado pela indústria não é tímido ao fazer afirmações abrangentes sobre a pirataria e o crime organizado. Veja o seguinte enunciado, retirado de uma nota de rodapé do relatório:

* A pirataria foi tomada, em muitos países, por sindicatos do crime organizado; isso inclui tanto a pirataria de bens físicos quanto a digital… Um estudo de março de 2009 pesquisou os laços entre o crime organizado e a pirataria de filmes, em 14 estudos de caso detalhados de pirataria de filmes, e mostrou evidências convincentes de uma conexão ampla e geograficamente dispera entre a pirataria e o crime organizado. Documentando casos na América do Norte e na Europa, o relatório dá os contornos do envolvimento do crime organizado com a pirataria de filmes na América do Sul, Rússia e muitas partes da Ásia...

* O estudo mostrou que a margem de lucro da pirataria de DVDs (uma atividade de relativo baixo risco) é muito maior do que a do tráfico de cocaína e de heroína. O setor privado não tem as ferramentas, nem a autoridade dentro dos países, para investigar o crime organizado e lutar contra ele. Além disso, esses grupos organizados ou outros piratas comerciais podem se tornar violentos, e representantes de empresas foram, em alguns países, ameaçados de morte, sofreram intimidação física ou foram feridos em ataques enquanto investigavam a pirataria, e isso impediu a atividade de coação do setor em vários casos. Assim, são os governos que precisam se preparar para este desafio.

Essa virou a retórica padrão. O estudo de 2009 ao qual me referi acima foi feito pela RAND Corporation e se chama "Pirataria de filmes, Crime Organizado e Terrorismo"(PDF). O relatório foi financiado pela indústria cinematográfica e a maior parte de seus dados primários veio de alguém "que trabalhou como consultor sobre crime organizadopara [para a Motion Picture Association]."

Na abertura do estudo, alega-se que a pirataria de DVD "tem uma margem de lucro maior do que as drogas e um risco mínimo de represssão", o que o torna "atraente, em todo o mundo, como um elemento de portfólios do crime, onde também há drogas, lavagem de dinheiro, extorsão e tráfico humano."





E não são somente as quadrilhas de drogas; "a pirataria é atraente não apenas para o crime organizado, mas também para terroristas, em particular para participantes oportunistas de células locais de terrorismo."

Alguns anos atrás, o lobby global da música divulgou seu próprio relatório (PDF), chamado "Pirataria de Música: Séria, Violenta e Crime Organizado".

"As provas estão disponíveis, e estudos de caso neste folheto demonstram as conexões entre a pirataria de música e outros crimes, como o tráfico de pessoas, a lavagem de dinheiro, a violência, o contrabando de drogas e o terrorismo," diz.

Mas isso é verdade? Depois de três anos trabalho, com 35 pesquisadores, o novo estudo não encontrou "nenhuma evidência" de que há links sistemáticos entre a pirataria e o crime organizado ou o terrorrismo. E sobre o argumento de que os DVDs são melhor negócio do que os narcóticos, o estudo traz uma palavra: "implausível."

Melhor que drogas
Veja o argumento de que DVD-são-melhores-que-drogas. Os autores do relatório Social Science Research Council (SSRC), "Pirataria de Mídia em Países Emergentes", dizem que é "um argumento implausível que vem circulando na literatura produzida pela indústria pelo menos desde 2004."

Eles seguem a pista dessa história até um artigo publicado em 2001 por uma revista francesa, onde se diz que um quilo de CDs vale mais que um quilo de maconha. A Interpol concordou com a afirmação em 2003, e desde então "isso levou a começou uma longa sequência circular de citações nos relatórios da indústria."

Os autores atualizam a alegação ao comparar um quilo de maconha em Nova York (valor de rua, US$ 30 mil)com um quilo de DVDs pirata (65 DVDs, a cerca de US$ 5,00 cada um ou U$ 325,00). Parte da pirataria era lucrativa no início dos anos 2000, mas "não achamos prova de que a pirataria, fora de alguns nichos de mercado, seja ainda um negócio de alta margem de lucro," concluem.

Os autores também são céticos a respeito de maiores ligações entre o crime organizado, o terrorismo e a pirataria — ainda que essa conexão dependa, em grande parte, do que se entende por "crime organizado."

* A pirataria em escala comercial é ilegal e sua cadeia de produção e de fornecimento demanda, invariavelmente, organização. Nesse sentido, ela pode ser colocada dentro de uma definição muito ampla de crime organizado. A venda de CDs e DVDs piratas, além disso, na maior parte das vezes se concentra em áreas de periferia e mercados informais, onde outras atividades ilegais ocorrem. Esse contexto cria pontos de intesecção entre a economia da pirataria e arranjos da economia informal mais amplos, ilegais ou na fronteira da legalidade. Seria estanho se isso não acontecesse. Mas não achamos evidência de ligações sistemáticas entre a pirataria de mídia e outras formas mais sérias de crime organizado, muito menos com o terrorismo, em nenhum dos países que fazem parte de nosso estudo.






Os estudos em cada país contaram com a participação, em muitos casos, de pesquisadores com uma familiaridade antiga com suas regiões. No México, por exemplo, um autor escreve que esteve em contato com grupos de vendedores de rua "por vinte anos" e critica o relatório RAND por se apoiar, aparentemente, "somente em matérias de jornais e em entrevistas com representantes da indústria do copyright" ao fazer seu trabalho.

O relatório RAND registra que em países como a China ou a Rússia, "investigações de campo são difíceis ou perigosas, ou ambos, então fomos obrigados a nos apoiar mais relatos publicados." O capítulo do SSRC sobre a Rússia, em contraste, se apoia em:

* Trabalho de campo em São Petesburgo, realizado por Sezneva, Pachenkov, e Olympieva em 2008 e 2009
* Vinte entrevistas com advogados da indústria, juízes e especialistas em direito e representantes de organizações não-governamentais e não-empresariais envolvidos na aplicação da lei
* Entrevista com um grupo de foco de consumidores de conteúdo não licenciado de São Petesburgo, realizada em março de 2009
* Um levantamento feito, no final de 2008, com 300 consumidores de DVDs em Irkutsk
* Análise do conteúdo de fóruns online e da mídia russa
* Contribuições de pesquisadores de economia e indústria, especialmente Anatoly Kozyrev
* Uma enorme variedade de fontes secundárias

O estudo do SSRC, com mais de 450 páginas [cerca de 70 sobre o Brasil], é nada menos que completo.

Competindo com o grátis
Uma das conclusões intrigantes do relatório é que mesmo o comércio de conteúdo pirateado está complicado, hoje. A pirataria fazia dinheiro quando os dispositivos para imprimir CDs e DVDs eram raros e caros; ficou menos lucrativa qunado equipamentos para queimar CDs e DVDs se tornaram commodities. Hoje, sob pressão da distribuição em redes P2P, a pirataria de discos ópticos em países desenvolvidos está "praticamente eliminada" e em outros países a margem de lucro é estreita.

"Cada vez mais os piratas comerciais enfrentam o mesmo dilema da indústria legal", diz o relatório, "como competir com algo que é gratuito".

Em um trabalho muito citado de 2008, Julian Sanchez se debruçou sobre o argumento de que a violação de propriedade intelectual eliminou 750 mil empregos e custou à indústria americana de US$ 200 bilhões a US$ 250 bilhões. Os números são "totalmente falsos", descobriu Sanchez, mas foram repetidos em artigos, como se fossem reais, por duas décadas. Desde o trabalho de Sanchez, 
esse argumento deixou de aparecer em muitos artigos pro-propriedade intelectual. Já não é hora, também, de desistir da retórica mais inflamada sobre "terrorismo" e o tráfico de drogas?



http://www.ancine.gov.br/media/SAM/AnosAnteriores/Distribuidoras/108.pdf


http://www.uniblog.com.br/fama/322352/confira-o-rankig-das-maiores-produtoras-de-filmes-do-mundo.html

Monday, April 11, 2011

CARTA ABERTA PARA ROBERTO MINCZUK


CARTA ABERTA PARA ROBERTO MINCZUK

Roberto, estou angustiado ao escrever esta carta, ao ver um regente como você envolvido nesta situação constrangedora e triste.
Você, Roberto, não teve ninguém perto de você para lhe abrir os olhos ante a imensa tolice que foi toda esta situação criada na Orquestra Sinfônica Brasileira?
Eu lhe escrevo como um Maestro e compositor que conheceu um Roberto ainda nos seus 10 a 12 anos de idade, participando do Concurso de Jovens Instrumentista que organizei em 1974 nos “Concertos para a Juventude” na Rede Globo e Radio MEC. Nele, você se destacou como jovem talento, promissor o bastante para que eu lhe desse de presente uma trompa novinha em folha (a sua, na época era impraticável). Lembro anos depois, no seu concerto de estréia como regente da OSB no Rio, ter sido procurado pelo seu velho e honrado pai, com lágrimas nos olhos, me dizendo que aquela trompa estava guardada em um invólucro de vidro, emoldurando a sala de estar da sua casa paterna. Foi extremamente comovente então, ver seu pai visivelmente feliz vendo sua estréia como regente titular da grande e prestigiosa Orquestra Sinfônica Brasileira. Entre outras obras você então dirigiu a Sinfonia “Heróica” de Beethoven. E a nossa OSB respondeu à altura aos seus gestos, dando na ocasião uma intepretação memorável da obra. Estes mesmos músicos que agora sofrem com a implacável perseguição e ira absolutamente incompreensíveis de você, como diretor da OSB.
Pois bem, Roberto, assim como seu pai, um velho e honrado músico, eu aprendi que não é possível fazer música senão com o espírito leve, aberto, ligado apenas no dever maior de intérprete que é o de revelar a grande mensagem de amor, compreensão universal e respeito mútuo que emanam de toda grande obra musical. Não é possível aos músicos renderem o máximo de suas qualidades, frente à arrogância, à falta de respeito, à imposição, à desumanidade, à inépcia humana de quem está a lhes impor e não a lhes dar condições de criar a maravilhosa mensagem da Música.
Roberto, aquele menino a quem dei uma trompa hoje é motivo da maior decepção que jamais tive em minha vida. Uma decepão profunda e irreversível .Você, e somente você, é o responsável por uma situação inédita na música sinfônica do Brasil, ao submeter uma orquestra inteira a um vexame público demitindo com requintes de crueldade e desrespeito pelo passado deles, mais da metade de seus componentes através de pretextos os mais inaceitáveis possíveis. Nem o pretexto de maior qualidade musical seriam justificação para um tal elevado grau de agressividade humana, artística e pessoal de que vitimas nossos músicos da OSB. Você não respeita idade, servições prestados, idealismo nem humanidade. Todos estes valores essenciais nas relações humanas e artísticas vão para o ar em suas mãos, neste momento triste da história da música no Brasil.


A destruição dos ideais que sempre foram a grande força da Orquestra Sinfônica Brasileira, Roberto, você não conseguirá. Aliás vejo com tristeza que você está conseguindo se destruir de uma maneira tão perfeita, tão definitiva, tão veemente como jamais o maior inimigo seu seria capaz, nem teria tal grau de imaginação destrutiva.
Sua auto-destruição me choca pois me parece que você, Roberto, entrou em tal processo negativo sem volta nem retorno, pois sequer se dá conta que, não só no Brasil, mas em qualquer país do mundo onde você entrar no palco, para dirigir uma orquestra, terá como resposta o desprezo e a desaprovação do público e do mundo musical.
Como compositor não desejo que nenhuma obra minha seja jamais executada por este remedo de Orquestra Sinfônica (que me recuso a chamar de OSB pois esta foi destruída irresponsavelmente por você), dirigida por você.
Não autorizo nenhuma obra minha tocada senão pela verdadeira ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA que aprendemos a amar, a reverenciar e a proteger, de desmandos de eventuais passageiros da desesperança, da agressão moral e do desrespeito.
MARLOS NOBRE

Sunday, April 10, 2011

A verdadeira historia sobre Luiz Paulino & Glauber Rocha.


Estafeta - Luiz Paulino dos Santos, André Sampaio, Brasil, 2008

Da geração de cineastas cariocas surgidos nos anos 90, André Sampaio talvez seja o de carreira mais consistente e prolífica (só este ano já lançou dois curtas-metragens, Vida Fuleira eTire os Óculos e Recolhe o Homem, tendo ano passado estreado no longa-metragem com seus parceiros de universidade no coletivo Conceição – Autor Bom é Autor Morto). Sua identificação – filiação até – está claramente marcada por um cinema de invenção ligado aos marginais dos anos 60 e 70, e desta forma pareceria um tanto estranho se ele voltasse agora sobre um personagem relacionado ao cinema do fim dos anos 50, filho de uma outra estética, de um outro cinema brasileiro, o velho Luiz Paulino dos Santos. As razões emocionais da existência deEstafeta o diretor revelou na apresentação do filme: Paulino foi quem primeiro tirou uma fotografia sua, logo após seu nascimento (certamente por conta da amizade entre Paulino e o pai de André Sampaio, o grande montador Severino Dadá). Reencontrando-se ao acaso, na rua, muitos anos depois, Sampaio decide então rever a história de Paulino em filme. As razões e afinidades políticas e ideológicas, no entanto, estas estão mais que explicitadas no trajeto deEstafeta e falam por si. Luiz Paulino é um destes personagens que a História esqueceu, e que o cinema e sua lógica de produção fizeram ser mais que um marginalizado do sistema, um franco enjeitado, expulso sem perdão do círculo corporativista que se criou no panorama brasileiro, sobretudo dos anos Embrafilme para cá.

Pois é aí que o nó se aperta e 
Estafeta ganha uma densidade e uma força incomuns. O abismo maior entre Luiz Paulino e André Sampaio não é exatamente geracional, ou mesmo estético, mas está na própria crença no cinema e na sua relação com a vida de cada um. Nos filmes anteriores de Sampaio estávamos constantemente mergulhados numa espécie de realidade transfigurada, com um pé na fantasia e o corpo inteiro no puro delírio da possibilidade de existir, pelo menos em filme, num universo paralelo onde qualquer dificuldade (econômica, sobretudo) é imediatamente vertida em imagem, impregnada de sua precariedade e, ainda assim, sobrevivente, ativa, resistente. QuandoEstafeta encontra Luiz Paulino, aos 77 anos de idade e 40 de carreira cinematográfica, o velho cineasta conta que precisou se afastar do cinema “para não sucumbir” e, num depoimento emocionante, fala sobre como chegou próximo da fome, se vendo incrivelmente magro, sem força física, depois de uma série de rasteiras e boicotes declarados a seu trabalho, seja por parte da antiga estatal do cinema brasileiro ou pelo governo Collor. Paulino foi então viver sua transfiguração não em filme, mas na própria vida: se afastou do cinema e foi morar numa comunidade do Santo Daime no sul de Minas. O cinema, é claro, toma outras proporções quando literalmente se chega ao fundo do poço por ele, e, ainda assim, Paulino não abandona a produção de imagens e está lá registrando sua vida na comunidade do Daime com uma câmera de vídeo (imagens que Sampaio recupera, algumas das mais belas que Paulino já filmou).

E assim, talvez 
Estafeta soe como um passo obrigatoriamente mais convencional e até um tanto careta na carreira de André Sampaio, mas o respeito absoluto e até mesmo uma certa solenidade ao retratar Luiz Paulino estão fundados exatamente nessa distância: um jovem diretor que segue batalhando do jeito que pode pelo cinema no qual acredita e um velho diretor que se retirou do campo de batalhas, depois de muito lutar. Estafeta se vê envolvido num convencionalismo historiográfico em que se segue uma ordem cronológica de apresentação da biografia de Paulino, começando por seus primeiros curtas, depois seguindo com a polêmica em torno da passagem de bastão na direção de Barraventopara Glauber Rocha – uma das histórias mais mal-contadas do cinema brasileiro, mas que o filme não pretende resolver, e nem poderia, uma vez que o próprio Paulino demonstra sofrer de um rancor emudecido e já bastante distanciado a respeito do assunto –, mais à frente, sua atuação política no sindicato de profissionais de cinema, a produção do filme coletivo Insônia, até o desencanto com o meio e sua retirada para a comunidade do Daime. Um convencionalismo que se torna muito pouco incômodo uma vez que se percebe que é apenas pelo acúmulo das histórias de um passado de confiança absoluta na capacidade transformadora do cinema que André Sampaio pôde encontrar o homem que hoje, mesmo com todo o peso e mal-estar que parece carregar nos ombros pela frustração de seu projeto de vida, consegue enxergar no registro caseiro e diário de sua experiência no Daime, ou de si mesmo no espelho de sua casa, aquilo que chama de “conhecimento de mim mesmo”.

Luiz Paulino dos Santos tem andado por Ouro Preto com uma camerazinha de vídeo, registrando tudo o que pode: debates, encontros, almoços entre amigos, sessões. Um vigor e um desejo pela imagem que felizmente negam a idéia de “aposentadoria” que talvez
Estafeta sugira. E vendo Paulino todo desenvolto com sua camerazinha, desminto a mim mesmo quando falei dois parágrafos acima do abismo de crenças. André Sampaio e Luiz Paulino, com as décadas todas que os separam, são verdadeiros parceiros de um mesmo sonho.

 Rodrigo de Oliveira







Luiz Paulino dos Santos e sua pequena câmera,
filmando tudo o que acontece em Ouro Preto

Kosovo cinema

07 OCT 2010 / 09:18

Kosovo’s Last Cinema Battles for Survival

Just one movie house survives in the country. But with a growing number of film festivals, silver screen fans believe it’s not yet time for the credits to roll.
Belinda Vrapi
Cinemas used to grace almost every town in Kosovo. With 30 dotted around the then Serbian province, films on the silver screen were widely available and watched. 

Today, just one permanent cinema operates in the newly independent country, ABC Cinema, in the heart of the capital, Pristina. Since 2000, Genci Company has been the only firm buying in movies for people in Kosovo to watch. 

Manager Miradije Vllahiu told Balkan Insight that her firm has been fighting hard to bring Hollywood blockbusters, European premiers and host festivals to Kosovo. Back in 2004, Genci opened a second cinema, ABC1. But four years later, it, too, was forced to close because of the small number of customers. 

Vllahiu said investment was needed to revive cinema in Kosovo - but there was little support coming from official institutions or businesses so far. “Genci pays thousands of dollars for the right to distribute a movie across the whole of Kosovo’s territory,” Vllahui said, “but with only one cinema functioning, our revenues are suffering.”

Cinema ABC’s movies are bought from Continental Film in Zagreb, Croatia, and from Imperial Cinema in Tirana, Albania, but the company is forced to forgo the rights to distribute some of the most popular films because of the high costs.

“ABC from the start has striven to bring the public top value cinematography and has never allowed financial setbacks to stop this,” Vllahiu said. “We believe cinema can make a major contribution to the culture of a country and its people.”

But Vllahiu said she feared Pristina’s youthful population was more interested in spending money on bars and clubs than on paying three euro to watch a film. By comparison, in the US, adults are three times more likely to go to the cinema than to a bar or nightclub.
“Cultural values, such as cinematography, are not appreciated in Kosovo, and that’s the problem,” she maintained. 


Although the silver screen has faced serious setbacks in recent years throughout the developed world, partly due to the inexorable march of technology, figures from many European countries indicate that there is still a strong cinema-going audience. 

While Kosovars shun cinemas, UK cinema admissions in 2009 were at their highest level since 2002, Britain’s Film Council revealed earlier this year. Blockbuster movies such as Harry Potter, Twilight and Avatar helped entice people back to the cinemas. None was shown in Kosovo.

One culprit behind the near-death of cinemas in Kosovo has been the spread of pirated DVDs. Each one is usually available for half the price of a cinema ticket in shops across the country. In 2004 and 2006 parliament passed two laws, on cinematography and on copyright, to halt this illegal trade. But neither law has ever been effectively put into practice. 

While cinemas continue their downward spiral, the post-war period in Kosovo - paradoxically – has seen an explosion in the number and popularity of film festivals.
These include Skena Up, Rolling Film Festival, the Prishtina Film Festival, International Film Festival for Human Rights, and many others.

The most successful, Dokufest, has been drawing bigger crowds each year to the historic western city of Prizren to watch its selection of documentaries. This year, 6,000 visitors attended, a record-breaking figure, 30 per cent up on 2009.
“People come for the atmosphere and the programme, which is highly entertaining and the movies are greatly appreciated,” Aliriza Arenliu, executive director of Dokufest, said. “Our motive from the start has been to revive cinema in the city,” he said, “and it remains our main goal.
“Every Monday we show documentaries to high school students in the city’s House of Culture,” Arenliu added. 

But despite these efforts, and despite Dokufest’s Prizren’s growing reputation as the host of a world-class film festival, the city remains without a permanent cinema. "Unless government institutions step in to refurbish cinematic venues,” Arenliu continued, cinematography in the country will not develop. “Culture is not being exposed [to the public],” he concluded, “and of course this is not an incentive for young artists to produce.”
This article is funded under the BICCED project, supported by the Swiss Cultural Programme.

Tuesday, April 5, 2011

quem banca o estudo do rio, no Brasil, eh o pobre,,,


A atual Constituição Federal (CF, Art. 213) veda a alocação de recursos públicos a instituições de educação privadas que não sejam comunitárias, confessionais ou filantrópicas. Esta regra não se aplica a atividades universitárias de pesquisa e extensão que podem receber apoio financeiro do poder público. Tal apoio, no entanto, ainda mostra reduzida participação no orçamento dessas instituições, devido à sua menor capacidade de concorrer com instituições públicas.
O setor privado de ensino superior já atingiu dimensão respeitável em termos de movimentação de recursos financeiros. Tomando como referência a anuidade média praticada em contratos do Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior (FIES), em 2001 (2,3 mil dólares), podemos estimar que somente a receita com alunos de graduação gera um faturamento de 5,6 bilhões de dólares, o que é quase o dobro do que o governo federal gasta com as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), excluídos os inativos. Um outro estudo (Ideal Invest, 2003) corrobora este cálculo. Partindo de uma anuidade média de 1,87 mil dólares, chega-se a um faturamento, líquido de bolsas, descontos e inadimplência, de cerca de 4,5 bilhões de dólares.
O financiamento público (mínimo obrigatório) para a educação é estabelecido em lei para todas as esferas de governo e corresponde a um percentual da receita de impostos e transferências. Segundo a Constituição Brasileira (CF, Art. 212): "A União aplicará anualmente, nunca menos de dezoito e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino". Além disso, outros recursos provenientes de contribuições sociais e do salário educação (2,5% da folha

Sunday, April 3, 2011

Diabo


Atavicas imageticas transformacoes das ruas das cidades
Instituicoes do acaso
Luz e neblina
Osso

Preto, amarelo, azul & branco

Prefiro ser BRASILEIRO do que ser branco, preto, amarelo, azul e ou transparente...


http://www.youtube.com/watch?v=xp9_fPuYHXc

Fome de Educacao - DDD - Democracia Direta Digital: Foto tirada no bandejao da PUC-Rio

Fome de Educacao - DDD - Democracia Direta Digital: Foto tirada no bandejao da PUC-Rio: " foto com parte dos participantes do Fome de Educacao, Maio de 98."

DDD

DDD - Democracia Direta Digital





Sobre autoracao, daqui a alguns anos penso q as


pessoa irao ficar mais atualizadas e perceber q 


daqui nada levamos, & se nao fomos um aborto q a 


terra gerou, eh pq deixamos para quem vem 


alguma ideia de algo q valha a pena... Sou pela 


democratizacao do conhecimento, o pior racismo 


pra mim eh o impedimento do acesso ao 


conhecimento!